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A liberdade de pensar

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            Faz algum tempo que assumi a postura de livre pensador. Não foi um processo fácil e rápido, a decisão passou por muitos questionamentos, inúmeras dúvidas e muitas retomadas de posição. Tem sido desde então um caminho difícil, um tanto doloroso para um espírito que busca a pureza da verdade. Precisei abandonar questões culturais e educacionais, enraizadas nas mais profundas entranhas do pensamento. Abandonei dogmas, grupos sociais, instituições políticas e religiosas, uma verdadeira tempestade cerebral. Tudo isto foi necessário porque senti que, pertencendo a determinados segmentos sociais, grupos religiosos ou políticos, minha mente estaria condicionada aos ensinamentos propagados por tais grupos, vedando de certa forma os olhos da alma para horizontes mais amplos e distantes. É um caminho solitário, mas angustia e a dor foram compensadas pela visão mais clara e melhor compreensão dos fatos. Percebi que a verdade não necessariamente é antônimo da mentira, tampouco o “saber

A polarização política da sociedade brasileira

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A sociedade brasileira, politicamente ativa, está dividida em três grupos fundamentais: Os bem intencionados, os mal intencionados e os ignorantes. Os bem intencionados formam um distinto grupo de pessoas com alto grau de discernimento, cultura e inteligência, são eles que formam as forças progressistas, que prezam pelos valores democráticos, abertos ao diálogo e com profundo sentimento coletivo e de filantropia. Eles permeiam todos os setores da cultura, da política e da economia, mas concentram-se em maior número no setor de esquerda. Talvez por compreenderem melhor as ideias Marxistas, ou por estarem livres de sentimentos preconceituosos e fúteis. Infelizmente tal grupo não compões uma vasta maioria nem dispõe de recursos financeiros significativos, por tal razão, não possuem força suficiente para conduzir políticas sociais adequadas ao conjunto de uma população tão heterogênea quanto a nossa. Os mal intencionados formam outro grupo seleto, não menos providos de inteligê

Comunistas malditos ou capitalistas hipócritas?

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Que sou canhoto de ideias nunca neguei. Embora me considere moderado houve tempos que defendi Mao tsé Tung. Pensar diferente não necessariamente é sinônimo de maldade. Boas intenções acabam gerando atos positivos e, embora os meios não justifiquem os fins, não posso condenar Maquiavel no contexto de suas ideias desenvolvida em "O Príncipe". Somos livres para escolher, mas o resultado de nossas escolhas resta a nós mesmos suportar. Nada poderemos fazer para mudar as consequências daquilo que já foi feito. Cabe ao indivíduo aprender com os erros e evoluir. Tenho arcado com minha parcela de sofrimento pelos erros que cometi, mas me nego a aceitar o preconceito daqueles que; não conhecendo minhas lutas, criticam, ironizam ou idiotizam minhas tendências e pensamentos. Criticar é o que mais facilmente faz o ser humano. Não importa o que se faça, seja bom ou ruim, certo ou errado, que não esteja exposto a crítica. E cada crítico está certo, segundo seu próprio ponto de vista. Afina

Racismo ou fundamentalismo midiático?

Digo de sã consciência e alma escancarada, nunca fui racista. Também me considero um pacifista. Sou intolerante a qualquer ato de violência, seja ela física, verbal, cultural ou psicológica. Tenho minhas convicções religiosas e embora eu não confesse minha fé em nenhuma religião, me considero cristão. Nascemos imperfeitos e nesta vida vamos fazendo escola. Conviver com as diferenças é um aprendizado duro, difícil de ser concretizado, pois o orgulho e a vaidade inerente ao ser humano dificulta demais a convivência. As ânsias da mocidade e a efervescência de ideias há muito me abandonaram. Muitos erros cometi ao longo de minha dourada juventude. Fui, em incontáveis oportunidades, pejorativamente apelidado e sempre em retribuição, inúmeras vezes apelidei outros. Aliás o apelido “Kako” que hoje sustento nas redes sociais e compartilho com amigos, originou-se de “macaco”. Embora no início de tudo o termo estivesse no diminutivo, posso garantir que o apelido não foi colocado pela habilidade

Quando a sociedade se torna refém de seus indivíduos

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             Vivemos tempos conturbados. Depressão, medo, sentimento de impotência. Os alicerces da sociedade parecem corroídos pelo ódio, pela corrupção e pela violência. Os valores éticos e morais do povo foram sequestrados. Ninguém mais se entende. A polarização das ideias e a proliferação dos preconceitos geraram o caos, um total black out na comunicação e no entendimento das pessoas.    Os ânimos se exaltam em manifestações, linchamentos, acusações, abusos de autoridade. Nas escolas, no trânsito, nas igrejas, nas festas, na política e no esporte a guerra está declarada. Até onde pode chegar esta incapacidade humana de administrar conflitos? Confabulando com amigos e conhecidos ou pelos bate-papos nas redes sociais; tudo que percebo são acusações e dedos que, em riste, apontam culpados. A ordem  mundial nas sociedades humanas se tornou materialista demais, o capitalismo selvagem moldou o espírito competitivo e confundiu as mentes sonolentas. Progresso virou sinônimo de acu

A banalização da violência

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A imprensa mundial tem destacado de maneira acintosa as lutas do MMA. Destaques caríssimos. Banalizando uma forma de violência comparável somente ao que se viu nos tempos dos gladiadores. Não considero “esporte” esta violência televisiva. Jovens e crianças sendo atraídos para este barbarismo, motivados por interesses escusos de alguns que não dão a mínima importância para a vida e por detentores de meios de comunicação, que não possuem escrúpulos para a obtenção de lucros exorbitantes. Em nome da fortuna conduzem alguns mentecaptos apresentados por belas mulheres a produzirem um espetáculo de sangue e horror, televisionado para o mundo inteiro. Vivemos uma era onde desesperadamente tentamos combater a violência, mas enquanto travamos a batalha, em surdina, as sementes dela são disseminadas. Esportes violentos, reality shows, sexo (na mais baixa e degradante versão), notícias bombásticas de crimes dos mais diversos se tornaram comuns em programas de televisão e manchetes de jornais. Ser

Como ter uma vida saudável, longe dos alimentos

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           Não sou exagerado, mas gosto de doces. Chocolate então, sem comentários. Um dia destes assistia um documentário sobre o envelhecimento e as fatais rugas que deformam o semblante do vivente. Descobri neste dia que o açúcar era um dos principais responsáveis pelo envelhecimento. Como eu já não cozinho na primeira fervura, por prudência resolvi abandonar o açúcar e o tão apreciado chocolate. Afinal todos desejam uma velhice saudável, se for sem rugas melhor ainda. Passado alguns dias me deparo com uma reportagem numa conceituada revista, falando dos malefícios da carne, principalmente a vermelha, que favoreciam o aparecimento de diversos tipos de câncer devido a ingestão de proteínas em excesso. Além disto, a tal reportagem, salientava ainda problemas causados pela gordura animal, sabidamente prejudicial por causa do tal colesterol ruim. Refleti um pouco sobre o assunto, pensei que na minha idade era bom ter cuidado com LDL. Descartei as carnes e a gordura animal da minha

O fim do mundo esta próximo

         Não que eu acredite em calendários ou  profecias .   Acredito que o fim está próximo, pela observação direta do comportamento da humanidade, através das sociedades por ela compostas, ao redor deste planeta azul. Não é preciso ser vidente ou   inspirar-se em profecias para fazer esta afirmação. A previsão é matemática, a soma de dois módulos iguais com sinais opostos é nula. O resultado é lógico, prático e de fácil dedução.             Os esforços e a lutas travadas para que uma sociedade possa evoluir depende unicamente do equilíbrio das forças que a compõe. Qualquer pessoa que tenha a mínima noção matemática da soma de vetores sabe do que eu estou falando. O pensamento humano corresponde a estes vetores, que são forças direcionadas em todos os sentidos. Para que possamos canalizar estas ondas cerebrais, obtendo um resultado útil para a sociedade como um todo, cada componente de força precisa fluir em sentidos parecidos, que não estejam defasados por uma grande diferença an

Mudar ou evoluir?

Mudar não significa necessariamente evoluir. Ao contrario, pode significar uma regressão. É exatamente esta degradação que percebo no sistema educacional brasileiro e na sociedade como um todo.                 Começando pela escola, mudou muito desde os meus tempos de aluno. Os recursos hoje disponíveis não podiam sequer ser imaginados na minha época. TV a cabo, sistemas informatizados, recursos gráficos, copiadoras, impressoras, recursos áudio visuais enfim, um sem número de benefícios que nunca poderíamos imaginar quarenta ou cinquenta anos antes. Entretanto, apesar de toda esta mudança, não vejo as pessoas melhores informadas ou mais cultas que naquela época. Parece até que o nível cultural diminuiu! Se não acreditam no que eu digo eu faço uma comparação, muito fácil de ser constatada. Naquela época quem possuísse um QI 180 era considerado um gênio, hoje se fizermos uma pesquisa com meninos de rua, destes que andam cheirando cola pelas esquinas das grandes cidades, e medirmos sua

A política brasileira e a guerra de bugio

Quem conhece um pouco da vida e da natureza, sabe que o bugio é um animal bastante curioso, facilmente se aproxima quando percebe movimentos ou ruídos diferentes. Não é um animal agressivo, mas tem um hábito interessante, quando sente-se ameaçado ou para defender de seu território, costuma defecar utilizando seus dejetos como projétil lançado pelas próprias mãos contra o invasor ou suposto agressor. Este hábito deu origem a uma brincadeira de criança  que consistia em jogar barro um no outro, nas brincadeiras a margem de rios, açudes ou lagos. Não existiam times ou grupos, era cada um para si, um contra todos e todos contra um. Esta brincadeira ficou conhecida como “guerra de bugio”.             Utilizo este breve preâmbulo para demonstrar a maneira como vejo a política partidária brasileira neste momento. Uma verdadeira guerra de bugio. Todos utilizam a conhecida munição arremessando-a em todas as direções, sem critérios éticos e com pouca preocupação com a verdade. Como consequênc