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Recentes descobertas no Morro da Virgínia

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                 O Morro da Virgínia é uma excelente opção para os desbravadores. Nossas aventuras por lá sempre foram interessantes e repletas de descobertas. Pensávamos conhecer perfeitamente a região, imaginamos que pouco ou nada poderia ser acrescentado ao que já havíamos registrado por lá, no incontável número de vezes que nossos pés cruzaram aquelas trilhas. Para nossa surpresa, em três semanas seguidas de desbravamentos, próximo da comunidade Morro da Pedra do Balão, encontramos seis cavernas ainda não cadastradas e um incrível sistema contendo várias cavidades interligadas por um riacho. Não formam uma caverna contínua, pois não é possível cruzar os estreitos túneis por onde passa o riacho. Conseguimos localizar três cavidades com mais de vinte metros de extensão. P rovisoriamente batizamos o sistema pelo nome de "Sapopemas", devido à uma imensa figueira Brava que cresceu sobre um bloco de granito, esparramando majestosamente suas raízes (sapopemas), para todos os l

Acampamento Selvagem

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              Os acampamentos do WAF Trilhas e Aventuras já se tornaram referência para os amantes da natureza. Principalmente para aquelas pessoas que não gostam de trilhas ou atividades convencionais. Neste feriadão, dia do trabalhador, marcante no mês de maio de 2023, mais uma vez ficou comprovado, que camping selvagem tem outro gosto, outro nível, outras emoções!                  O caminho até o local de acampamento foi desbravado alguns anos antes, em 2019. A partir de então, desbravamos outros caminhos mais curtos e mais fáceis, a fim de poder curtir aquela paz tão preciosa, que só a natureza selvagem pode oferecer. Barulhos não existem, apenas melodias produzidas pelos pássaros, pelo vento, pelo rio cortando caminho entre as rochas e pelas cachoeiras ruidosas porém harmônicas. Acampamento às margens do Rio Ratones - Próximo das nascentes               Acampamento selvagem não é para qualquer um! Conheço muita gente que diz ter admiração pela natureza selvagem, mas quando faço c

Em busca de cavernas: Matadeiro/ Lagoinha do Leste

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                      Em todo o estado de Santa Catarina existem 80 cavernas cadastradas no CNC (cadastro nacional de cavernas), 57 delas estão aqui na ilha. Algumas possuem importância arqueológica, outras serviriam como atração turística. Infelizmente não existe, pelo menos para as cavernas localizadas em Florianópolis, um plano de manejo, ou mesmo uma tentativa de explorar de maneira adequada este patrimônio ecológico tão lindo. Considero que a única maneira de preservar tal patrimônio é através do conhecimento e conscientização. Afinal é um patrimônio que todo o cidadão brasileiro tem o direito de desfrutar. Não existe mais espaço para a filosofia que proibindo de visitar certos santuários, vai manter conservados tais locais. Também é preciso convir a dificuldade que os órgãos conservacionistas tem, não só pelas limitações de pessoal para fiscalizar mas também pelos escassos recursos materiais e financeiros. Porém numa cidade como a nossa, que tem o turismo por vocação, é in

Lagoinha do Leste: Um paraíso ameaçado.

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                        Um dos lugares mais visitados pelos amantes das belezas naturais, aqui na ilha da magia, certamente é a Lagoinha do Leste. Este pedacinho de paraíso cercado   pelo Morro do Matadeiro, Morro da coroa e Morro do Pântano justifica esta preferência. Apesar de certa dificuldade oferecida ao longo das trilhas que levam até lá, os olhos vislumbram o tempo todo lindas paisagens.             A ilha de Santa Catarina é na realidade uma inspiração artística de Deus. Lagoinha do Leste foi retocada com esmero e dedicação. As cores, os recortes daqueles costões, o relevo, o vento... tudo é perfeito e harmonioso! Naturalmente as pessoas apreciam o belo. Porém, infelizmente, poucos tem consciência da fragilidade de toda aquela beleza. Em alguns pontos do paradisíaco local, podemos encontrar verdadeiros lixões, escondidos no meio da mata. Latinhas de cerveja, sacolas plásticas, cacos de vidro espalhados pela trilha, sem contar os dejetos oriundos das necessidades h

Gravatá. Muito visitado, pouco conhecido.

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            Muito tenho trilhado pela ilha de Santa Catarina. Principalmente no norte e centro/leste. Difícil descrever a diversidade das paisagens e tantas belezas simples e rudes. Alguns caminhos que trilhei são bastante conhecidos, outros nem tanto, mas todos possuem suas peculiaridades e formosuras. As trilhas do Gravatá talvez sejam as mais visadas. Pelo menos é o que parece, devido ao intenso movimento de pessoas trilhando, acampando, praticando esportes diversos, tais como, rapel, escalada, high line. Esta grande afluência de pessoas se deve particularmente a dois aspectos: O primeiro é o fácil acesso. É possível chegar lá sem muito esforço, Tem até ônibus que te deixa na entrada da trilha. A localização também é favorecida, pois está muito próximo à Lagoa da Conceição, um dos mais nobres bairros de Florianópolis com uma razoável população, que é multiplicada na época de veraneio e feriadões. Depois a grande beleza do local chama atenção por si só! O Gravatá é simplesmente

Ingleses: Uma praia pedindo socorro.

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            Faz cinco anos que cheguei a Florianópolis. Me estabeleci no norte da ilha, no balneário de Ingleses. Desde então tenho me dedicado a explorar as belezas naturais na região. Desbravei matas, morros e dunas a procura de recantos naturais ainda preservados. Logo que cheguei, meus primeiros passos trilhando a beira mar me dirigiram, com frequência, para o extremo sul da praia, ali, no morro dos Ingleses, muito curti (e ainda curto) as belezas dos costões, matas e relevo. Sempre gostei de caminhar na beira da praia e, não raro, perfazia o percurso total de norte a sul, do morro dos ingleses até o morro da feiticeira, lá na ponta das gaivotas, extremo norte do balneário. Hoje me deparo com a impossibilidade de efetuar este percurso, pois as construções irregulares foram tomando conta da praia. A natureza tem reagido, neste poucos anos fui testemunha de muitas ressacas. Cada uma causando sua parcela de destruição. Mas o ser humano é bicho teimoso, cada vez que um muro é derrubad