A polarização política da sociedade brasileira
A sociedade brasileira,
politicamente ativa, está dividida em três grupos fundamentais: Os bem
intencionados, os mal intencionados e os ignorantes.
Os bem intencionados formam um distinto
grupo de pessoas com alto grau de discernimento, cultura e inteligência, são
eles que formam as forças progressistas, que prezam pelos valores democráticos,
abertos ao diálogo e com profundo sentimento coletivo e de filantropia. Eles
permeiam todos os setores da cultura, da política e da economia, mas concentram-se
em maior número no setor de esquerda. Talvez por compreenderem melhor as ideias
Marxistas, ou por estarem livres de sentimentos preconceituosos e fúteis.
Infelizmente tal grupo não compões uma vasta maioria nem dispõe de recursos
financeiros significativos, por tal razão, não possuem força suficiente para
conduzir políticas sociais adequadas ao conjunto de uma população tão
heterogênea quanto a nossa.
Os mal intencionados formam outro
grupo seleto, não menos providos de inteligência e aptidões culturais que os
primeiros mas, sem sombra de dúvidas, imensamente mais poderosos
economicamente. Também não são maioria, talvez igualem-se em números aos bem
intencionados. O que diferencia o poder de fogo entre estes dois grupos são as
armas que dispõe para combater às ideias contrárias ou para a manutenção do próprio status quo. Representam as forças malignas reacionárias, são movidos por sentimentos
misantrópicos e egoístas. Para este grupo tudo está relacionado a dinheiro, inclusive o
progresso, felicidade e liberdade. Não reconhecem utilidade e bons propósitos
no pensamento de seus adversários, sendo capazes de qualquer atitude,
independente de moral ou ética, para impor suas vontades. Também estão
presentes em todos os setores da sociedade mas, basicamente, compõe uma elite
conservadora de extrema direita. São estes, em última instância, que detém o
poder, pois a eles pertencem todo o conjunto mais vil do sistema financeiro, as
grandes corporações, os grandes bancos e as grandes redes de comunicação. Isto
lhes dá poder inigualável, são quase imbatíveis, pois são eles, através de seus
jornais, rádios e televisões, os principais formadores de opinião dentro da
sociedade.
Os ignorantes (desprovidos de
informações confiáveis permanecem na ignorância) formam a grande maioria da militância política
brasileira, seja de esquerda ou de direita . Não estou aqui desprestigiando a população menos provida de educação
e cultura, o termo ignorantes aqui empregado não tem sentido pejorativo, apenas
o literal significado, isto é: “ignorar ou desconhecer fatos”. Em última instância ignoram a verdade. Esta imensa
maioria está polarizada, exatamente dividida em número. São eles que
compões as forças populares, os manifestantes de rua, os que compõe movimentos
sociais se expondo a opinião pública e contribuindo para o inconsciente coletivo que faz uma ou outra corrente
de pensamento prevalecer por determinado período. São eles também os que se infiltram em comícios, passeatas e outras
manifestações públicas, com o intuito de provocar badernas. O grande problema
deste imenso grupo não é a maldade, nem tão pouco a violência. Seu grande demérito está no dogmatismo. Creem
sem questionar. Suas opiniões são moldadas pelas opiniões alheias, facilmente
são conduzidos para um lado ou para outro, basta acenar-lhes alguma vantagem
momentânea. Eles tem no atual sistema um frágil poder de voto, porque podem
eleger seus representantes, entretanto não os conhecem, portanto estão fadados a errarem, pois as campanhas políticas são como uma espécie de
concurso de beleza. Mas, o pior, é que o grande patrocínio destes concursos de
miss simpatia, é feito pelos que detém o poder econômico, aquele seleto grupo cujos interesses voltam-se apenas para o lucro. As grandes corporações através de suas magníficas
contribuições de campanha financiam a divulgação feita por meios de comunicação
extremamente parciais. Desta forma perde-se a referência, pois aqueles que aparentemente doam
com as mãos limpas e pensamentos puros, certamente depois cobrarão a
restituição de suas despesas, corrigidas e capitalizadas, não importando os
meios.
O resultado desta perversa
divisão social é a nossa atual vivência política, com todos estes hediondos e
estarrecedores aspectos. Resta a pergunta: Quem é o culpado? Penetro no âmago
de minha consciência em busca de respostas. Fico a remoer pensamentos,
indagando sobre o passado, presente e futuro. A única alternativa que me parece
correta é que estamos nas mãos (talvez nas garras) dos mal intencionados,
daqueles que representam o mais selvagem e desumano capitalismo, dos que
insistem em desrespeitar os direitos humanos fundamentais, dos que querem a
hegemonia do pensamento e o poder único ainda que exacerbado em atos violentos.
Mudar esta condição não é tarefa fácil, muito menos rápida, pois o
conservadorismo deteriora os meios para que o verdadeiro progresso possa ser
alcançado e impede que a verdade seja difundida. Os reacionários conservadores pregam
o conhecimento holístico e a abertura dos portos para toda a humanidade, mas
não admitem que as escolas de pensamentos contrários ao seu decrépito e arcaico
pensar, divulguem ideias progressistas e conciliadoras.
Nada, absolutamente nada está na
forma definitiva. A evolução não poderá ser detida, é preciso que aprendamos o
melhor de cada forma de pensar e deixemos de justificar fatos históricos pelas
distorções contidas em tais pensamentos. Esdrúxulas comparações. A verdadeira libertação para a sociedade brasileira, que tardiamente tenta se
enquadrar em uma nova ordem, mais humana e menos materialista, será reencontrar os caminhos do debate e do conhecimento científico, desprovidos
de ódio e preconceito. Pagaremos um alto preço, pelos desvarios daqueles que tentam deter a evolução!
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