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Mostrando postagens de agosto, 2017

Ingleses: Uma praia pedindo socorro.

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            Faz cinco anos que cheguei a Florianópolis. Me estabeleci no norte da ilha, no balneário de Ingleses. Desde então tenho me dedicado a explorar as belezas naturais na região. Desbravei matas, morros e dunas a procura de recantos naturais ainda preservados. Logo que cheguei, meus primeiros passos trilhando a beira mar me dirigiram, com frequência, para o extremo sul da praia, ali, no morro dos Ingleses, muito curti (e ainda curto) as belezas dos costões, matas e relevo. Sempre gostei de caminhar na beira da praia e, não raro, perfazia o percurso total de norte a sul, do morro dos ingleses até o morro da feiticeira, lá na ponta das gaivotas, extremo norte do balneário. Hoje me deparo com a impossibilidade de efetuar este percurso, pois as construções irregulares foram tomando conta da praia. A natureza tem reagido, neste poucos anos fui testemunha de muitas ressacas. Cada uma causando sua parcela de destruição. Mas o ser humano é bicho teimoso, cada vez que um muro é derrubad

Espírito Aventureiro

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            Eram quatro horas da madrugada! Dois companheiros de aventura aguardavam a Van que os levaria para uma atividade pouco convencional. O mês era janeiro e uma insistente garoa e vento deixavam a temperatura bem mais baixa que o normal para aquela época do ano. Evandro e Eu aguardávamos pacientemente, abrigados na cobertura do posto Ipiranga da BR 116 com a Frederico Link, na entrada da cidade de Novo Hamburgo. As mochilas que carregávamos estavam largadas displicentemente no chão, atiradas, com seus quase trinta quilos de peso cada uma. Nelas estavam provisões para três dias, roupas, calçados, barraca, apetrechos diversos com faca, fogareiro, saco de dormir. Dividíamos igualitariamente a carga das mochilas a fim de não sobrecarregar ninguém. Ali, naquele momento silencioso da manhã o tempo se arrastava. Meia hora de espera naquele frio, com o vento esparramando aquela fina garoa, pouco adiantava nossa proteção no abrigo do posto, a impressão era que estávamos ali a muitas

Rapel na Ponta do Gravatá

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Quem passa distraído pela rodovia Jornalista Manoel de Menezes (SC 406), entre Lagoa da Conceição e praia Mole, pode não perceber a entrada da trilha que leva a um dos mais exuberantes lugares da Ilha de Santa Catarina. Ali começa a trilha para a ponta do Gravatá. Um pequeno pedaço do paraíso com incríveis paisagens e maravilhosas formações rochosas. Ali naquele pequeno reduto da ilha da magia, podemos contemplar toda a exuberância da natureza. A prainha do Gravatá parece um cenário de filme, um convite para fotografia e meditação. Apesar de ser um local bastante frequentado, por trilheiros, pescadores, aventureiros, montanhistas, amantes da fotografia, é possível encontrar certa privacidade para meditar e refletir sobre aquelas belezas. Para quem gosta da prática de rapel e escalada são inúmeros os locais que se apresentam para estas atividades. Alguns bem radicais. Principalmente pelos costões. Recentemente estivemos praticando rapel com um pequeno grupo de apaixonados pela natu