Como ter uma vida saudável, longe dos alimentos


           Não sou exagerado, mas gosto de doces. Chocolate então, sem comentários. Um dia destes assistia um documentário sobre o envelhecimento e as fatais rugas que deformam o semblante do vivente. Descobri neste dia que o açúcar era um dos principais responsáveis pelo envelhecimento. Como eu já não cozinho na primeira fervura, por prudência resolvi abandonar o açúcar e o tão apreciado chocolate. Afinal todos desejam uma velhice saudável, se for sem rugas melhor ainda. Passado alguns dias me deparo com uma reportagem numa conceituada revista, falando dos malefícios da carne, principalmente a vermelha, que favoreciam o aparecimento de diversos tipos de câncer devido a ingestão de proteínas em excesso. Além disto, a tal reportagem, salientava ainda problemas causados pela gordura animal, sabidamente prejudicial por causa do tal colesterol ruim. Refleti um pouco sobre o assunto, pensei que na minha idade era bom ter cuidado com LDL. Descartei as carnes e a gordura animal da minha dieta, afinal os peixes poderiam ser um belo substituto com uma série de vantagens, que contribuíam inclusive com a memória, além do tal ômega 3 que devido ao tipo de ligação com o carbono traziam inúmeros benefícios à saúde.
Nunca gostei muito de peixe, mas achei que era bom cuidar um pouco do meu corpo, passei a consumir pescados com mais regularidade. Gosto de uma boa leitura, leio sempre e sobre temas variados. Nestes passeios por jornais, revistas e outros escritos, me deparo com uma ampla reportagem sobre piscicultura. Uma beleza de texto, muito esclarecedor. Descobri que muitos peixes que hoje consumimos são criados em cativeiro, criados com alimentação não natural. Rações enriquecidas com vitaminas, hormônios e outras coisas mais. Aprendi que este tipo de alimentação dada aos bichinhos terminam no organismo de quem os ingere. Além disto, muitos dos meios de cultivo eram águas poluídas, inclusive com metais pesados. Novamente notícia sobre câncer, desta vez associada aos pescados. Abandonei de vez a carne, de qualquer tipo.
Sempre ouvi falar que o leite e seus derivados eram um excelente grupo alimentos, principalmente como fonte de cálcio. Sempre gostei de produtos lácteos. Apostei então a minha sobrevivência no leite e seus derivados. Eu até parecia um bezerro mamão. Leite com cereais, vitaminas com frutas, queijos. Aprendi até umas receitas bem interessantes. Até que certo dia, assisto um documentário na TV, sobre a produção de leite e derivados. Algo assustador. Principalmente quando se tratava de produtos enriquecidos com vitamina “D”. Descobri inclusive que a tal vitamina era oriunda da lã de ovelha, extraída a partir da lanolina. Nestas alturas comecei a pegar nojo dos derivados do leite. Ainda bem que existe o pão de trigo. Milenarmente a humanidade cultiva este cereal, que chegou a ser uma das maiores riquezas do Egito. Até que me cai nas mãos, nem lembro de onde, uma reportagem sobre o glúten. O glúten aparece geralmente combinado com outras proteínas vegetais como as Albuminas e Globulinas e também em combinação com o amido desses cereais, sendo responsável pela viscoelasticidade da massa composta pela mistura de farinha (proteína e amido em forma granular) e água. O glúten está presente nos produtos, farinhas e derivados dos seguintes cereais: trigo, cevada, triticale, kamut, centeio (da tribo Triticeae, subfamília Pooideae) e na aveia (tribo Aveneae, subfamília Pooideae). Foi muito esclarecedor e interessante, principalmente porque descobri sobre problemas de intolerância a este produto e das doenças por ele causadas. Achei por bem descartar os farináceos da alimentação, para evitar qualquer problema futuro!
Frutas e verduras sempre foram consideradas a dieta mais saudável. Sempre tive notícias de vegetarianos que viveram cento poucos anos, mantendo perfeita a saúde e a qualidade de vida. Frutas tem o problema da época, do local onde são produzidas. Às vezes o custo é elevado, mas quem pensará em custos quando o objetivo é manter a saúde. Virei vegetariano de vez. Agora sim, alimentação mais que natural. Refleti muito e me conscientizei que este era o caminho definitivo. Com um bom equilibro emocional e uma alimentação mais do que natural eu passo dos “cem”. Estava ido tudo muito bem até eu descobrir como se cultiva frutas e verduras no mundo moderno. De natural não tem nada! Herbicidas, pesticidas, fungicidas, adubação química, quase tudo o que não presta é aplicado no cultivo. Dizem até que frutas e verduras não fornecem mais magnésio, tão importante na alimentação humana, justamente porque os solos onde são cultivadas não possuírem mais este mineral importante na fixação do cálcio no organismo. Daí muitos problemas causados pela falta do magnésio, incluindo cálculos renais, causadores de tantos e doloridos sofrimentos. Começarei um intenso treinamento para faquir.
Há poucos dias li uma reportagem que me encantou! O Sungazing. Uma técnica que esta obtendo cada vez mais adeptos ao redor do mundo. Dizem que dispensa totalmente o uso de alimentos sólidos. Vive-se apenas da luz do sol e da sua energia. Com poucos segundos olhando direto para o sol nos horários de baixa incidência de raios UV, e alguns minutos descalços podemos ter uma vida plena e saudável, sem a necessidade de ingerir qualquer tipo de alimento sólido. Apenas água. O tal guru indiano que propôs esta técnica foi até estudado pela NASA. Ficou comprovado em uma pesquisa de cem dias que o mesmo não ingeriu, neste período, um grama sequer de alimento sólido. Abracei na hora a técnica. Só o que vou economizar com supermercado justifica algum sofrimento inicial de adaptação.

Faz uma semana que tenho me dedicado ao tal sungazing. Estou com uma fome desconcertante, mas deve ser normal. Afinal o organismo precisa tempo para se acostumar. Se eu sobreviver ao período crítico volto a escrever aos amigos fazendo a narrativa de minha tão importante experiência. Até lá acho que terei  tempo para pensar sobre “como sobreviver sem alimentos” porque cheguei a conclusão que comer é um perigo enorme para a saúde.

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