Caverna Ocos - Uma nova investida.

     Mesmo que façamos dezenas de investidas para explorar a mesma caverna, jamais iremos nos deparar com cenas idênticas. Eis aí uma das coisas mais lindas que acontece no espeleonismo. Nas profundezas onde prevalece o breu e o medo. Lá, onde pela ausência de luz, não existem sombras perturbadoras, a vida se renova constantemente. Na escuridão e no silêncio, tudo o que podemos fazer é sentir. Sentimento que vira aprendizado. Nos mostra caminhos ensinando a maior e mais importante lição:  A transformação verdadeira irá ocorrer através da nossa insignificância. Enfim, na escuridão profunda podemos aprender a lição da humildade.

                                                            Mulheres das cavernas

        
        Neste final de semana nosso grupo investiu mais uma vez na exploração da Caverna Ocos. No Morro Ribeirão das Pedras em Florianópolis. Registro no cadastro nacional de cavernas como "SC 151". É uma caverna digna de respeito, não pela suntuosidade, mas pelas dificuldades. Essa foi nossa terceira expedição até a gruta. Na primeira tentativa nem conseguimos chegar, pois a vegetação era tão fechada que não foi possível encontrar a cavidade. Depois, quando desbravamos a caverna "Emaranhados", vizinha da Ocos, parte do caminho foi desbravado, abrimos uma boa picada até a Emaranhados. Aproveitando parte da trilha aberta uma semana antes, conseguimos chegar. Fizemos então a primeira exploração. Já relatei aqui nossa primeira visita. Agora vou contar sobre a segunda.

                                      Rio subterrâneo a mais de 30 m de profundidade

        Nesta segunda expedição buscamos uma alternativa para seguir o rio, à jusante, tentando descobrir se havia alguma conexão com a Gruta do Riacho Subterrâneo, localizada no mesmo Talvegue. É muito difícil seguir esses cursos d'água no interior de cavernas, pelo menos nessas localizadas aqui na Ilha de Santa Catarina. Normalmente os córregos acabam em algum sumidouro ou túneis tão estreitos que é impossível continuar.  No caso da caverna Ocos, progredimos até um túnel bem espaçoso. Desta vez o que nos impediu de continuar foi a profundidade do riacho. Uma piscina de águas cristalinas, que formou uma espécie de praia subterrânea e com certa profundidade; impediu de continuarmos. Talvez no verão, com um fluxo de água menor, seja possível atravessar esse túnel.

        Enfim, ao encerrarmos esta segunda investida na Caverna Ocos, comprovam-se as palavras iniciais dessa narrativa. Ainda teremos que fazer muitas explorações até que possamos afirmar que conhecemos o lugar. Ficou gravado em nossas mentes o gostinho da emoção; Permanecendo, como ideia fixa, aquela vontade de retornar, de rever tudo de novo e encontrar outras passagens, outros salões outras emoções. Até voltarmos lá certamente nos encontraremos com novas aventuras. Assim é o espeleonismo, um vício difícil de controlar; principalmente quando se vive num pedacinho de terra com mais de duzentas cavernas catalogadas.

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