Trilhando em Floripa - Barra da lagoa - prainha da barra - piscinas naturais - farol - pedra do frade


            

          Trilhar  em Floripa é sempre uma possibilidade de encontros surpreendentes. Para qualquer parte da ilha da magia que você se deslocar, certamente irá vislumbrar as mais incríveis paisagens de paradisíacas belezas.
              Embora a falta de tempo tenha me afastado um pouco deste blog, aproveito os momentos de folga par escrever. Sempre com foco na formação de amizades e preservação da natureza, venho tentando aprimorar os caminhos do conhecimento através de trilhas temáticas. Desbravamentos, pesquisas, expedições aventureiras, busca de cavernas, arqueologia, histórias; são tópicos motivadores de nossas descobertas, mesmo que trilhemos caminhos frequentados por muitas pessoas.
             Fica neste relato um pouco da nossa emoção por termos feito este percurso tão lindo e emocionante.
             Iniciamos nossa caminhada na Barra da lagoa, junto a ponte de ferro que liga as margens do canal da barra. No outro lado nos deparamos com o complexo do morro da Galheta. Existem várias trilhas. Tem de tudo neste recanto da ilha, trilhas arqueológicas, pontos para pratica de rapel e escalada, praias, monumentos megalíticos. Não é possível curtir tudo em uma única trilha ou em um único dia.  Nossa primeira parada foi na pequena e muito linda prainha que fica separada da Barra da lagoa pelo canal da barra. Ela é muito linda e bastante frequentada, até porque o acesso é fácil. Alguns acampam, outros vão passar o dia e nós apenas de passagem capturamos algumas imagens.

            Dali seguimos rumo às piscinas naturais. Um lugar com incríveis formações rochosas. As piscinas são no próprio oceano, lindas, poderíamos ficar o dia inteiro percorrendo aquelas belezas. Em cada bloco de granito uma agradável surpresa. Também é um local bastante frequentado, tanto pela beleza quanto pelas piscinas que permitem refrescantes mergulhos. Mas é preciso ter cuidado, principalmente com as crianças. Muitas pessoas circulam por ali, mas a natureza apresenta muitos perigos. É preciso evitar os riscos desnecessários.


            Voltamos um pouco pela trilha que leva para as piscinas fazendo um desvio para subir o morro até o Farol. É uma trilha apertada e pouco visível. Na subida encontramos alguns mirantes com vistas magnificas da Lagoa da Conceição, Moçambique e Barra da Lagoa. Ao chegar no farol nos deparamos com incrível beleza da paisagem, tanto que esticamos nossa parada por ali. Fizemos nosso lanche enquanto vislumbrávamos a imensidão do mar.


            Depois de um prolongado descanso, com brincadeiras e boas conversas continuamos seguindo por uma trilha que parecia ir para o costão. Nosso objetivo agora era encontrar a pedra do Frade. Esta trilha é percorrida quase que totalmente dentro da mata. Existem alguns desvios e bifurcações que ainda precisam ser exploradas. Fomos surpreendidos em determinado trecho quando encontramos uma tornozeleira, algum foragido conseguiu arrancar o equipamento e pendurou por ali num arbusto. Uma trilha relativamente fácil de percorrer na ida, por ser morro abaixo. Logo adiante um mirante, que batizamos da pedra bonita, nos  fez parar e ali apreciar a paisagem por um longo tempo. É também um ponto excelente para prática de rapel e escalada.


            Seguimos adiante com auxílio de um GPS até encontrar a pedra do frade. Quando chegamos ao costão o mar estava bem agitado e nuvens negras começaram a se formar, Parecia que viria muita chuva. Ficamos preparados para nos molhar. Mas o que parecia feio acabou se tornando um espetáculo à parte. Aquelas formações de nuvens deram um show. Chegando na pedra do Frade não foi possível explorar muito o local por conta das ondas que invadiam o costão. Encontramos algumas inscrições rupestres e, certamente, muitas outras devem existir. Também localizamos uma fenda com uma passagem muito estreita que pode ser uma caverna, mas não foi possível explorá-la. Ficou para outra ocasião.


            A pedra do Frade tem interesse arqueológico e arque astronômico, conforme informações que obtivemos do pesquisador Adnir Ramos do IMMA. Muita coisa ainda ficou por ver, certamente muitos segredos guardados naquelas inscrições e naquela pedra imensa incrivelmente posicionada em cima de um bloco de granito.


            Permanecemos algumas horas no local, contemplando aquelas belezas e aguardando a chuva que acabou não vindo, a não ser por uns poucos pingos e um vento mais intenso, tomamos o caminho de volta até a Cidade da Barra. Daí nossa confraternização, com aquela cervejinha, porque ninguém é de ferro.

            Foi uma trilha relativamente tranquila. Algumas subidas íngremes e lugares perigosos, exige bom preparo físico mas pode ser trilhada por crianças de 8 a 80 anos!


            Participaram da trilha: Claudia, Ismael, Ge e Eu. Agora é só repetir a dose!
           





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