Em busca das cavernas de Pântano do Sul
Neste
sábado 11 de Novembro de 2017, empreendemos uma trilha de desbravamento a fim
de chegar a um conjunto de cavernas em Pântano do sul. Sul da ilha de Santa
Catarina.
Para iniciar esta narrativa é preciso falar do maravilhoso dia de sol e céu sem nuvens com temperatura agradabilíssima. Um dia perfeito, que emprestou àquele imenso mar um tom esmeraldino uniforme de indescritível beleza.
A enseada
do Pântano do sul está localizada na costa Sul da Ilha de Santa Catarina, nas
coordenadas geográficas 27°46’55”S. / 48°30’29”W. A praia do Pântano do Sul e a
praia dos Açores formam um arco com 3.900 metros de extensão, embora suas águas
sejam frias é um excelente lugar para banho. Praticamente não existem ondas. As
que chegam o fazem com suavidade, emprestando ao local uma imensa sensação de
paz e tranquilidade.
O nome da praia pode soar
estranho ao visitante, uma vez que a beleza do lugar em nada se assemelha a um
pântano. Mas pesquisadores identificaram que, no século 18, toda a faixa oeste
da praia era pantanosa, com uma diversidade de pequenos rios que desciam dos
morros da região. Esse pantanal foi utilizado, durante muito tempo, para o
cultivo de arroz irrigado. O ciclo da caça às baleias deu impulso ao
desenvolvimento da região. A enseada é ponto de partida de barcos de pesca, sendo
a região uma das mais tradicionais colônias de pescadores de Santa Catarina.
Desde os anos 1970, o turismo passou a ser atividade frequente na região, o que estimulou a abertura de restaurantes especializados em frutos do mar, trazidos frescos à mesa dos visitantes. A areia é firme e acinzentada, onde os carros costumam estacionar. Há barraquinhas de artesanato e souvenires durante o ano todo. Também podemos observar muitos barcos de pesca artesanal, tanto na areia quando no mar, um pouco afastados da praia, proporcionando uma excelente composição de cenas para fotógrafos atentos.
Neste cenário iniciamos nossa
trilha em busca das cavernas localizadas no costão do Morro do
Pântano, que possui cerca de 300 metros de altitude. Seguimos pela trilha que
leva até Lagoinha do Leste pelo costão. Num percurso de aproximadamente 5500
metros até a única caverna que conseguimos acessar, muitas belezas puderam ser apreciadas.
Além daquele magnífico mar esmeraldino, onde a imensidão se destaca, aqui e ali
encontram-se ilhas, que parecem pontos verdes em meio à paisagem bordada de
morros de mesmo tom, pois prevalece nestes morros e nas ilhas, o tom da mata
Atlântica em recuperação. É possível desfrutar um incrível silêncio, as vezes
interrompido pelo canto de um pássaro, pelo movimento de algum animal na
vegetação, ou ainda pelo ruído agradável do mar, que fica um pouco distante
pela altitude do morro, em determinados trechos da trilha.
Não é um caminho muito fácil de
ser percorrido. Em alguns trechos é preciso escalar paredões com quase 50
metros de altura. A dificuldade é compensada pela possibilidade de produzir
incríveis fotografias de blocos de rochas, praias cobertas de seixos e
matacões, grutas encravadas nos penhascos com o Oceano Atlântico, lindo e
maravilhoso, decorando cada pedacinho de chão com suas ondas que provocam tão
alva espuma, tingindo de branco as bordas daquele imenso azul.
Informações sobre a Trilha:
Extensão: 11 Km em média (ida e volta)
Nível de dificuldade: 4.1 (veja matéria no blog sob níveis
de dificuldade.)
Vestir calças compridas de tecido resistente
Usar botas de trilha com solado bem aderente
Trilha, com terreno irregular, subidas íngremes e vegetação
rasteira cortante
Usar protetor solar, repelente de insetos, boné ou chapéu
Bastões de caminhada são muito úteis.
Levar pelo menos 2 litros d’água
Lanche leve evitando gorduras. De acordo com sua preferência
e regime alimentar.
Possibilidade de encontro com animais peçonhentos. (Aranhas
e cobras)
Traga de volta todo o lixo que levou. (tudo mesmo).
Lembre-se que matéria orgânica não é lixo, entretanto descarte com cuidado
restos de frutas, ou alimentos não industrializados. Não esparrame estes restos
na trilha.
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