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Quando a sociedade se torna refém de seus indivíduos

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             Vivemos tempos conturbados. Depressão, medo, sentimento de impotência. Os alicerces da sociedade parecem corroídos pelo ódio, pela corrupção e pela violência. Os valores éticos e morais do povo foram sequestrados. Ninguém mais se entende. A polarização das ideias e a proliferação dos preconceitos geraram o caos, um total black out na comunicação e no entendimento das pessoas.    Os ânimos se exaltam em manifestações, linchamentos, acusações, abusos de autoridade. Nas escolas, no trânsito, nas igrejas, nas festas, na política e no esporte a guerra está declarada. Até onde pode chegar esta incapacidade humana de administrar conflitos? Confabulando com amigos e conhecidos ou pelos bate-papos nas redes sociais; tudo que percebo são acusações e dedos que, em riste, apontam culpados. A ordem  mundial nas sociedades humanas se tornou materialista demais, o capitalismo selvagem moldou o espírito competitivo e confundiu as mentes sonolentas. Progresso virou sinônimo de acu

A banalização da violência

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A imprensa mundial tem destacado de maneira acintosa as lutas do MMA. Destaques caríssimos. Banalizando uma forma de violência comparável somente ao que se viu nos tempos dos gladiadores. Não considero “esporte” esta violência televisiva. Jovens e crianças sendo atraídos para este barbarismo, motivados por interesses escusos de alguns que não dão a mínima importância para a vida e por detentores de meios de comunicação, que não possuem escrúpulos para a obtenção de lucros exorbitantes. Em nome da fortuna conduzem alguns mentecaptos apresentados por belas mulheres a produzirem um espetáculo de sangue e horror, televisionado para o mundo inteiro. Vivemos uma era onde desesperadamente tentamos combater a violência, mas enquanto travamos a batalha, em surdina, as sementes dela são disseminadas. Esportes violentos, reality shows, sexo (na mais baixa e degradante versão), notícias bombásticas de crimes dos mais diversos se tornaram comuns em programas de televisão e manchetes de jornais. Ser

Como ter uma vida saudável, longe dos alimentos

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           Não sou exagerado, mas gosto de doces. Chocolate então, sem comentários. Um dia destes assistia um documentário sobre o envelhecimento e as fatais rugas que deformam o semblante do vivente. Descobri neste dia que o açúcar era um dos principais responsáveis pelo envelhecimento. Como eu já não cozinho na primeira fervura, por prudência resolvi abandonar o açúcar e o tão apreciado chocolate. Afinal todos desejam uma velhice saudável, se for sem rugas melhor ainda. Passado alguns dias me deparo com uma reportagem numa conceituada revista, falando dos malefícios da carne, principalmente a vermelha, que favoreciam o aparecimento de diversos tipos de câncer devido a ingestão de proteínas em excesso. Além disto, a tal reportagem, salientava ainda problemas causados pela gordura animal, sabidamente prejudicial por causa do tal colesterol ruim. Refleti um pouco sobre o assunto, pensei que na minha idade era bom ter cuidado com LDL. Descartei as carnes e a gordura animal da minha

O fim do mundo esta próximo

         Não que eu acredite em calendários ou  profecias .   Acredito que o fim está próximo, pela observação direta do comportamento da humanidade, através das sociedades por ela compostas, ao redor deste planeta azul. Não é preciso ser vidente ou   inspirar-se em profecias para fazer esta afirmação. A previsão é matemática, a soma de dois módulos iguais com sinais opostos é nula. O resultado é lógico, prático e de fácil dedução.             Os esforços e a lutas travadas para que uma sociedade possa evoluir depende unicamente do equilíbrio das forças que a compõe. Qualquer pessoa que tenha a mínima noção matemática da soma de vetores sabe do que eu estou falando. O pensamento humano corresponde a estes vetores, que são forças direcionadas em todos os sentidos. Para que possamos canalizar estas ondas cerebrais, obtendo um resultado útil para a sociedade como um todo, cada componente de força precisa fluir em sentidos parecidos, que não estejam defasados por uma grande diferença an

Mudar ou evoluir?

Mudar não significa necessariamente evoluir. Ao contrario, pode significar uma regressão. É exatamente esta degradação que percebo no sistema educacional brasileiro e na sociedade como um todo.                 Começando pela escola, mudou muito desde os meus tempos de aluno. Os recursos hoje disponíveis não podiam sequer ser imaginados na minha época. TV a cabo, sistemas informatizados, recursos gráficos, copiadoras, impressoras, recursos áudio visuais enfim, um sem número de benefícios que nunca poderíamos imaginar quarenta ou cinquenta anos antes. Entretanto, apesar de toda esta mudança, não vejo as pessoas melhores informadas ou mais cultas que naquela época. Parece até que o nível cultural diminuiu! Se não acreditam no que eu digo eu faço uma comparação, muito fácil de ser constatada. Naquela época quem possuísse um QI 180 era considerado um gênio, hoje se fizermos uma pesquisa com meninos de rua, destes que andam cheirando cola pelas esquinas das grandes cidades, e medirmos sua

A política brasileira e a guerra de bugio

Quem conhece um pouco da vida e da natureza, sabe que o bugio é um animal bastante curioso, facilmente se aproxima quando percebe movimentos ou ruídos diferentes. Não é um animal agressivo, mas tem um hábito interessante, quando sente-se ameaçado ou para defender de seu território, costuma defecar utilizando seus dejetos como projétil lançado pelas próprias mãos contra o invasor ou suposto agressor. Este hábito deu origem a uma brincadeira de criança  que consistia em jogar barro um no outro, nas brincadeiras a margem de rios, açudes ou lagos. Não existiam times ou grupos, era cada um para si, um contra todos e todos contra um. Esta brincadeira ficou conhecida como “guerra de bugio”.             Utilizo este breve preâmbulo para demonstrar a maneira como vejo a política partidária brasileira neste momento. Uma verdadeira guerra de bugio. Todos utilizam a conhecida munição arremessando-a em todas as direções, sem critérios éticos e com pouca preocupação com a verdade. Como consequênc

A falência do capitalismo

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"Não acredito mais que o sistema capitalista seja capaz, por si só, de resolver o grave problema das diferenças sociais; ou de alguma forma diminuir a enorme diferença existente entre ricos e pobres."             A sociedade capitalista esta fundamentada no egoísmo e no acúmulo de bens materiais. O dinheiro criou uma identidade própria, tornou-se uma necessidade insuperável, nunca é suficiente para satisfazer os desejos criados artificialmente pela propaganda consumista. Além disto, os meios de produção concentram a riqueza na mão de poucos. Esta minoria criadora de leis e costumes não provê uma distribuição igualitária do capital. O trabalho quase não tem valor a partir do momento em que foi definido o critério que as coisas valem mais pela utilidade que tem. Se alguém tiver o privilégio de controlar algo que seja muito útil, este construirá seu império estipulando valores elevados ao seu produto e reduzindo ao máximo o valor do trabalho para produzi-lo.        

Um tal Pedro Castanho

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    Dinossauros ainda existem. Quem não acredita neles (ainda vivos) é porque não conhece o Urubucaru. Pois aquele rincão, perdido num canto qualquer do município de são Miguel das Missões, abriga espécimes há muito consideradas extintas, pelo progresso e pela concentração de almas vivendo nas cidades que se esparramam por aí a fora neste mundo de meu Deus.                                                              Ruinas de São Miguel           O Pedro Castanho certamente é um dinossauro vivo. Adianto aos céticos, principalmente aqueles que foram criados na capital, ou qualquer outra grande cidade, que este xiru representa a história viva e real deste Rio grande de Deus. Na simplicidade da campanha e na dureza da estirpe, o homem preserva valores já esquecidos por sociedades cada vez mais individualistas e demasiado materialistas e aculturadas.        Para não dar morto por testemunha, seu Pedro está lá, bem vivo e bem forte. Faz alguns anos que não o vejo, mas sempre recebo not