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Acampamento no Gravatá - Relatos.

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            Atividades ao ar livre por si só são emocionantes. Curtir a natureza, contemplar suas belezas infindas, trilhar caminhos desconhecidos, desbravar horizontes longínquos, sentir o vento e a chuva, o frio e o calor, explorar pedaços de chão ainda não machucados pelos pés humanos, viver emoções infinitas. Somente os que apreciam e vivem intensamente podem entender o que foi dito, porque as palavras não podem definir tais sentimentos. Vivências solitárias engrandecem o espírito, libertam a mente. São experiências que impulsionam nossa evolução como seres humanos. Entretanto toda essa energia se multiplica quando um grupo de pessoas, simultaneamente, praticam e interagem com seus sentimentos e ideias. Foi exatamente isso que aconteceu no Gravatá entre os dias 7 e 10 de setembro de 2017. Um encontro de amigos sem dúvida, mas que não se consolidou apenas pela presença física dos participantes. Foi muito mais! Uma energia misteriosa moveu cada um. Muita superação, afinal quatro dia

Gravatá. Muito visitado, pouco conhecido.

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            Muito tenho trilhado pela ilha de Santa Catarina. Principalmente no norte e centro/leste. Difícil descrever a diversidade das paisagens e tantas belezas simples e rudes. Alguns caminhos que trilhei são bastante conhecidos, outros nem tanto, mas todos possuem suas peculiaridades e formosuras. As trilhas do Gravatá talvez sejam as mais visadas. Pelo menos é o que parece, devido ao intenso movimento de pessoas trilhando, acampando, praticando esportes diversos, tais como, rapel, escalada, high line. Esta grande afluência de pessoas se deve particularmente a dois aspectos: O primeiro é o fácil acesso. É possível chegar lá sem muito esforço, Tem até ônibus que te deixa na entrada da trilha. A localização também é favorecida, pois está muito próximo à Lagoa da Conceição, um dos mais nobres bairros de Florianópolis com uma razoável população, que é multiplicada na época de veraneio e feriadões. Depois a grande beleza do local chama atenção por si só! O Gravatá é simplesmente

Ingleses: Uma praia pedindo socorro.

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            Faz cinco anos que cheguei a Florianópolis. Me estabeleci no norte da ilha, no balneário de Ingleses. Desde então tenho me dedicado a explorar as belezas naturais na região. Desbravei matas, morros e dunas a procura de recantos naturais ainda preservados. Logo que cheguei, meus primeiros passos trilhando a beira mar me dirigiram, com frequência, para o extremo sul da praia, ali, no morro dos Ingleses, muito curti (e ainda curto) as belezas dos costões, matas e relevo. Sempre gostei de caminhar na beira da praia e, não raro, perfazia o percurso total de norte a sul, do morro dos ingleses até o morro da feiticeira, lá na ponta das gaivotas, extremo norte do balneário. Hoje me deparo com a impossibilidade de efetuar este percurso, pois as construções irregulares foram tomando conta da praia. A natureza tem reagido, neste poucos anos fui testemunha de muitas ressacas. Cada uma causando sua parcela de destruição. Mas o ser humano é bicho teimoso, cada vez que um muro é derrubad

Espírito Aventureiro

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            Eram quatro horas da madrugada! Dois companheiros de aventura aguardavam a Van que os levaria para uma atividade pouco convencional. O mês era janeiro e uma insistente garoa e vento deixavam a temperatura bem mais baixa que o normal para aquela época do ano. Evandro e Eu aguardávamos pacientemente, abrigados na cobertura do posto Ipiranga da BR 116 com a Frederico Link, na entrada da cidade de Novo Hamburgo. As mochilas que carregávamos estavam largadas displicentemente no chão, atiradas, com seus quase trinta quilos de peso cada uma. Nelas estavam provisões para três dias, roupas, calçados, barraca, apetrechos diversos com faca, fogareiro, saco de dormir. Dividíamos igualitariamente a carga das mochilas a fim de não sobrecarregar ninguém. Ali, naquele momento silencioso da manhã o tempo se arrastava. Meia hora de espera naquele frio, com o vento esparramando aquela fina garoa, pouco adiantava nossa proteção no abrigo do posto, a impressão era que estávamos ali a muitas