Crônica De uma tragédia anunciada
Há seis anos o grupo WAF Trilhas e Aventuras, reúne pessoas em torno das atividades de aventura. Ao longo do tempo o espeleonismo se tornou uma espécie de carro chefe do grupo. Atraindo cada vez mais pessoas interessadas em desbravar os mistérios e os perigos das Cavernas da Ilha de Santa Catarina. Para os que me conhecem há tempo, sabem o quanto eu sou intransigente com relação à segurança individual dos participantes. Não é à toa minha preocupação. As trilhas e cavernas de Florianópolis, na maioria dos casos, oferecem altos níveis de dificuldade. A segurança não pode, sob hipótese alguma ser negligenciada. Cabe a mim orientar e promover a segurança adequada das atividade, mas é importante que os participantes, principalmente os mais jovens, encarem as regras com seriedade e preocupação. Nesta postagem reforço as recomendações e atitudes a serem seguidas por aqueles que pretendem continuar se aventurando, com alegria e segurança.
Pois bem... Uma tragédia ocorreu, junto com ela a vem a comoção! As centenas de palavras proferidas por mim, em defesa da segurança e da necessidade de se criar regras de conduta ambiental, a fim de evitar tais tragédias, de nada valeram. Depois da porta arrombada, tramela nova e reforçada na pela casa toda! É inadmissível a proibição, salvo em raras situações. As trilhas e cavernas de Florianópolis formam um maravilhoso patrimônio para o turismo de aventura. O poder público precisa zelar por esse patrimônio criando condições apropriadas, inclusive construindo estruturas necessárias para promover a segurança. É assim nos grandes parques naturais do mundo inteiro. Imaginem se os parques nacionais do Serengueti, Yellowstone, Galápagos, Gran Canion, entre outros tantos, resolvessem, por segurança e necessidade de preservação, proibir as atividades que rendem ótimos dividendos para a nação. O poder público não pode se omitir, até mesmo porque, não exercendo fiscalização adequada, as pessoas continuarão desafiando os perigos. Aquela placa tão grande e bonita, daqui alguns dias estará no chão poluindo visualmente, como já está ocorrendo, um ambiente natural maravilhoso.
Mas não é só o poder público que precisa assumir a responsabilidade. Cada condutor ambiental, cada guia de trilha, cada participante das atividades de aventura, precisa também se conscientizar que fazem parte do problema e precisam, urgentemente, repensar atitudes. É impossível a garantia de segurança total, por isso é importante que se faça a distinção entre "Risco" e "Perigo". O perigo é iminente, depende apenas das condições naturais dos locais. O risco pode ser controlado através de EPI's, ou mesmo evitando-se a exposição ao perigo. Se é perigoso chegar na borda de um precipício, não chegue! É simples assim. É preciso despertar consciência nas pessoas, para que cada um seja seu próprio agente de segurança.
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