O município de Florianópolis é uma das três capitais insulares do Brasil. A maior parte da população concentra-se na ilha, mas o município possui também, uma pequena área continental, que abriga menos de três por cento da população. A ilha de Santa Catarina faz parte de um arquipélago composto por 32 ilhas, entretanto, catorze delas não pertencem ao município de Florianópolis; a ilha de Anhatomirim (Governador Celso Ramos), Ilha do Papagaio (Palhoça), Ilha da Fortaleza de Araçatuba (Palhoça), ilha do Arvoredo (reserva Biológica), erroneamente essas ilhas, entre outras, são consideradas como pertencentes ao município de Florianópolis. A mais importante do arquipélago é justamente a "Ilha de santa Catarina", por abrigar a maior parte da população da capital catarinense. Recebeu esse nome porque o fundador; Francisco Dias Velho, chegou aqui no dia de Santa Catarina. Posteriormente, ao se tornar vila, a região foi denominada "Nossa Senhora do Desterro"; apesar que as correspondências oficiais ainda chamavam o lugar de "Ilha de Santa Catarina". Em 1823 foi elevada à categoria de cidade. passando então ser conhecida por "Desterro".
Caverna Toca Da Nega - Pântano do sul
Em 1894 Hercílio Luz, governador do estado, mudou o nome da cidade para "Florianópolis", em homenagem ao então presidente da república Floriano Peixoto. Ocorreu que "Desterro" era uma cidade monarquista, portanto, contrária à Proclamação da República. Mudar o nome foi uma afronta à população, que se revoltou contra seus governantes. Para calar a população Floriano Peixoto prendeu os líderes rebeldes e fuzilou mais de trezentas pessoas, na fortaleza militar da ilha de Anhatomirim. fato que ficou conhecido como "A chacina de Anhatomirim".
História à parte o município possui um imenso potencial turístico. Devido ao clima agradável e uma exuberante paisagem, Florianópolis se destaca como destino turístico nacional e internacionalmente. Nos esportes de aventura pratica-se quase tudo por aqui. A parte insular é especialmente bela e desafiadora. Trilhas selvagens, desbravamentos, rapel, escalada; entre outras atividades, fazem da Ilha de Santa Catarina uma referência. Entretanto a ilha esconde um verdadeiro tesouro para os aventureiros. Algo desconhecido para a grande maioria da população, inclusive de algumas autoridades, desconhecido de empresários e esportistas.
- Que tesouro é esse afinal?
São as cavernas da Ilha de Santa Catarina. Um inestimável tesouro, escondido aqui... Neste pedacinho de terra no meio do mar!
A Sociedade Brasileira de Espeleologia (SBE), é a entidade responsável por manter o "Cadastro Nacional de Cavernas (CNC). Ali podemos encontrar todas as cavernas existentes no Brasil, classificadas por região, por estado, por tamanho. Traz informações detalhadas, inclusive coordenadas geográficas e tipo. Atualmente esse cadastro nos informa que existem 198 cavernas aqui em Florianópolis, sendo que a grande maioria está dentro da Ilha.
É realmente surpreendente e impressiona muito quando esse número é citado. Não pensem que foi erro de digitação ou leitura. Tem mais ainda... Breve serão 250. Pelo menos essa é a estimativa dos Espeleólogos envolvidos com o cadastramento.
É certo que por aqui não existem cavidades suntuosas, como essas que a gente vê nos filmes e documentários. Daquelas cheias de espeleotemas coloridos, com inscrições rupestres, majestosos rios ou lagos subterrâneos. Nossas cavernas são mais singelas, mas em contrapartida trazem emoção redobrada para os que possuem espírito aventureiro. Inspirado nas aventuras buscando cavernas pela ilha da magia, surgiu o livro "Cavernas da Ilha de Santa Catarina". Uma leitura agradável, com informações interessantes sobre as cavernas visitadas e contando um pouco de história sobre aquelas que não puderam ser exploradas. Uma viagem secreta ao mundo do espeleonismo.
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Nosso Brasil é lindo e ainda a muito à ser explorado turisticamente. O problema é que as políticas de incentivo são mal direcionadas, não fazem capacitação e nem investimento no setor. O turismo é mais "emissivo" que "receptivo", uma lástima!
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