Semana da Arqueoastronomia - Dia da caverna Encantada


           

              Neste domingo 19/06/2018, dentro da programação da primeira semana da arqueoastronomia organizada pelo IMMA, tivemos uma atividade na caverna encantada, localizada no morro dos Ingleses, no norte da ilha.


            O objetivo foi de integrar pessoas e desfrutar das belezas da natureza, unindo corpo e mente para absorver as energias propiciadas por aquelas formações.


            Foi um momento impar contemplação, muito importante para preservar estes locais sagrados. Dentro de uma caverna podemos aprender muitas lições, principalmente, sobre nosso tempo de permanência aqui no planeta. Se estivermos atentos para os sinais que se apresentam aos nossos sentidos  uma simples visita pode representar muitos anos de escola.


            Considero que a primeira lição importante é a de escutar o silêncio. Quando silenciamos nossas bocas e mentes, podemos ouvir mensagens tão importantes para nosso bem estar. Uma simples gota que cai na areia provoca um som que não estamos acostumados a ouvir. Quando prestamos atenção na sequência de sons, que aos poucos nossos ouvidos percebem, notamos que existe uma espécie de música naquele silêncio. Então aprendemos que para perceber certos detalhes é preciso diminuir nosso ritmo tão frenético de vida. Aquietar nossas mentes agitadas para ouvirmos as mensagens mais importantes que o universo nos transmite.


            A segunda lição, não menos importante, é a lição da paciência. O tempo é um forte aliado de nossa felicidade se tivermos paciência para colocar tudo no seu devido lugar. Dentro daquela caverna, aparentemente insignificante, as mensagens ali transmitidas são imensas. Por exemplo: Aqueles blocos de rocha que ali estão podem ter bem mais que duzentos milhões de anos; se compararmos isto com nosso tempo de vida, percebemos o quanto é curta a nossa viagem neste plano terrestre. Ali dentro, foi possível apreciar alguns conjuntos de estalactites, tão pequenos que podem passar despercebidos, entretanto milhares de anos foram necessários para construí-los. Uma pequena pontinha de um centímetro pode levar mais de cem anos para se formar. Isto é mais do que a média de vida de um ser humano.


            A terceira lição é da humildade. Quando observamos atentamente a estrutura de uma formação qualquer percebemos a suntuosidade delas. Estão ali, enfrentando os rigores do tempo, lentamente sendo transformadas, adaptando-se às novas condições impostas pelo clima e outras forças mais poderosas.


            A quarta lição é importância de sermos colaboradores na preservação do patrimônio natural. Estas gigantescas estruturas, aparentemente fortes e poderosas, podem facilmente ruir... desaparecer da face da terra em poucas horas apenas. Basta uma atitude errada, um gesto impensado, a utilização errada das energias que dominamos, sob qualquer forma. É preciso uma reflexão profunda sobre nós mesmos, nossa inteligência e capacidade de promover o progresso sem destruir aquilo que levou muito tempo para se formar. Infelizmente a sociedade moderna criou um conceito errado sobre evoluir e progredir. Notamos apenas o aspecto material da vida e medimos o nível de progresso por uma visão deformada de que somos superiores pela quantidade de bens que adquirimos. É tão falsa essa ideia... uma grande ilusão! Entretanto a maioria das pessoas desperdiça tempo e vida numa luta inglória para obter posses e não conhecimento.


            A quinta lição não proveio da natureza e sim da atividade em si. A pratica de rapel, embora possa parecer uma coisa simples em verdade um grande desafio. Principalmente para pessoas que não tem preparo físico ou psicológico de atletas ou profissionais especializados, ou ainda para os que possuem traumas, medo de altura e coisas do gênero. Numa aula de apenas alguns minutos podemos aprender muito sobre nossa própria capacidade de superar limites. De vencer nossos desafios interiores.


            Por tudo isso me sinto gratificado de ter passado por essa experiência de vida, tendo compartilhado com meus semelhantes aquilo que sei, enquanto absorvi de cada um aquilo de melhor que possuíam. Só me resta manifestar minha gratidão ao Pessoal do IMMA, especialmente o Adnir Ramos, que desde o primeiro contato que tive com ele, foi um grande facilitador da expansão do meu conhecimento. Agradeço também cada um dos que se fizeram presente, vocês me permitiram que eu me tornasse um pouco melhor depois de absorver energias tão boas. Mesmo depois de me expor a uma jornada de quase doze horas, acho que fui eu quem mais lucrou!

Muito obrigado!

                  Álbum de fotografias

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